Goldman Sachs eleva perspectiva sobre siderurgia na América Latina


O Goldman Sachs melhorou suas perspectivas sobre os setores de mineração e siderurgia na América Latina de "neutro" para "atraente", afirmando que os fatores que regem a fraca performance das ações da siderurgia brasileira desde o segundo semestre do ano passado estão perto de uma reversão.

A fraca performance das ações da siderurgia no Brasil tem sido devida principalmente por importações recordes, estoques elevados de aço em distribuidores e cortes de preços no mercado doméstico, afirma o Goldman.

"Em nossa avaliação, o cenário já mudou para alguns desses fatores e outras variáveis estão perto de uma reversão que vai impulsionar margens operacionais das siderúrgicas no Brasil", diz o Goldman em relatório.

O banco ainda avalia o resultado das siderúrgicas brasileiras sob pressão no primeiro semestre deste ano, com custos altos com matérias-primas e preços começando a se recuperar.

"Até 2012, a relação custo/preço do aço deve ficar mais proóxima de um novo patamar normal", afirma o Goldman.

O Goldman Sachs elevou sua recomendação sobre Gerdau (GGBR4) de "vender" para "neutro" e elevou o preço-alvo de Metalúrgica Gerdau (GOAU4) de R$ 26 para R$ 30, por conta da recuperação no preço do aço nos EStados Unidos.

O banco cortou a recomendação sobre Companhia Siderurgica Nacional (CSNA3) de "neutro" para "vender" e reduziu o preço-alvo de Usiminas de R$ 24 para R$ 22.

"Em um ciclo de recuperação, a CSN vai provavelmente ter uma performance menor que a do mercado, já que sua alavancagem operacional é reduzida, a empresa tem menos espaço para aumentar volumes de produção de aço e sua exposição ao mercado doméstico já está elevada", escreveu o Goldman Sachs em relatório.

O banco afirmou ainda que a confiança do mercado sobre investimento na Usiminas continua negativa por causa da baixa lucratividade no curto prazo.

(Fonte: REUTERS - Por Swati Chitnis, em Bangalore, Índia)